BNDES financia exportação de aeronaves Embraer impulsionando a balança comercial do Brasil
Em um marco estratégico para a indústria aeronáutica brasileira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) viabilizou, em 2023, sete operações de financiamento para a exportação de aeronaves da Embraer, totalizando um valor expressivo de até R$ 10 bilhões.
O respaldo do Banco permitirá a fabricação e entrega de 67 aeronaves comerciais até 2025, uma contribuição significativa para a economia do país. Estima-se que cerca de R$ 300 milhões sejam recolhidos em novos prêmios de seguro para o Fundo Garantidor de Exportação (FGE).
As últimas exportações, consolidadas em três contratos distintos - com a Skywest Airlines, Inc, a American Airlines e a Azorra Aviation Holdings LLC - ultrapassam os R$ 7 bilhões em exportação de bens de alta tecnologia e valor agregado. Estes contratos serão amparados por um financiamento de aproximadamente R$ 6 bilhões do BNDES para a fabricante de aeronaves brasileira, com sede em São José dos Campos.
Além de promover o desenvolvimento da indústria nacional de bens tecnológicos, as exportações de aeronaves geram empregos altamente qualificados e contribuem para a economia do país. Estas ações estão alinhadas à política brasileira de apoio à exportação, fortalecendo a competitividade das empresas nacionais no mercado internacional.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, sublinhou a importância do financiamento para as exportações das aeronaves da Embraer, destacando o papel do BNDES em promover a igualdade de competitividade para os exportadores brasileiros no mercado global.
O presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, enfatizou a relação de longo prazo entre a Embraer e o BNDES, ressaltando que o apoio à exportação de suas aeronaves é crucial para o crescimento e a expansão global da empresa, contribuindo para a geração de milhares de empregos altamente qualificados no Brasil e para o aumento das exportações de produtos de alto valor agregado.
O Banco já aprovou e contratou sete operações de financiamento à exportação da empresa somente neste ano, totalizando 67 aviões comerciais, com entregas programadas até 2025. Os contratos incluem exportações para a SkyWest Airlines, Inc., viabilizando a exportação de 10 jatos E-175 da Embraer modelo E-175 (com capacidade de até 76 passageiros). Além disso, a American Airlines teve seu financiamento aprovado pelo BNDES para a aquisição de até 11 jatos E-175.
Os modelos de aeronaves E-195-E2 (com capacidade de até 146 lugares) e E-190-E2 (com capacidade de até 114 lugares) são os maiores e mais avançados da fabricante brasileira. A venda de até 18 jatos dos dois modelos foi firmada com a empresa norte-americana Azorra Aviation Holdings LLC, especializada em aquisição e leasing de aeronaves para a operação de companhias aéreas comerciais.
Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou cerca de US$ 25,6 bilhões para a exportação e 1.300 aeronaves da fabricante. As operações contratadas possibilitaram à empresa competir no mercado internacional em igualdade de condições com suas concorrentes. O apoio do Banco complementa o financiamento provido pelo mercado privado.
Em relação ao seguro de crédito à exportação, duas das três operações recentemente aprovadas (American Airlines e Azorra) contaram com o Seguro de Crédito à Exportação (SCE), apoiado pelo Fundo Garantidor de Exportação (FGE). Essas operações contribuirão com aproximadamente R$ 300 milhões em novos prêmios de seguro para o fundo. O FGE, de natureza contábil e vinculado ao Ministério da Fazenda, tem como objetivo dar cobertura às garantias prestadas pela União em operações do SCE.
O seguro visa garantir as operações de crédito à exportação contra riscos comerciais (como não pagamento por falência ou mora), políticos (moratórias, guerras, revoluções, entre outros) e extraordinários (como desastres naturais) que possam afetar a produção ou a comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior.