China retoma importações de carne bovina após 4 meses de embargo
Em Dezembro de 2021, China retoma importações de carne bovina do Brasil após quase 4 meses de embargo
Até setembro de 2021, o gigante asiático foi responsável por comprar 56% da carne bovina brasileira exportada. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume de exportações de carne bovina brasileira caiu 43% no mês de outubro quando comparado ao mesmo período de 2020.
Em 15 de Dezembro de 2021, a Administração Geral de Alfândegas da China publicou um documento permitindo a retomada da importação de carne bovina do Brasil. As informações foram publicadas na agência de notícias Reuters e confirmadas pelo secretário de Relações Exteriores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Orlando Ribeiro.
Segundo Orlando Ribeiro, a suspensão do embargo é completa. O único critério de corte é o Certificado Sanitário Internacional (CSI). Lotes de carne bovina com o CSI emitidos entre dia 4 de setembro e 14 de dezembro, não serão aceitos. "Se uma carne tiver sido produzida na semana passada e certificada hoje, por exemplo, está liberada. A data de corte é a certificação, o CSI", disse.
Maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil ficou temporariamente impedido de importar para China no dia 04 de Setembro de 2021, depois de dois casos atípicos de “mal da vaca louca” serem registrados em território brasileiro, um em Minas Gerais e outro em Mato Grosso.
As autoridades brasileiras, cumprindo o protocolo sanitário que consta no acordo comercial entre os dois países, suspenderam as exportações à China, seu principal parceiro comercial. No entanto, a carne que já estava nos portos em direção à Ásia continuou a ser exportada, até parte dela ser barrada pela alfândega chinesa.
O protocolo sanitário, que consta no acordo comercial entre os dois países, prevê a normalidade das negociações após investigação dos casos por um laboratório internacional, como foi feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá.