Operações com novas moedas são registradas apesar da predominância do dólar
O comércio exterior brasileiro apresentou resultados positivos em 2023, com destaque para as exportações para Argentina, Paraguai e Uruguai, impulsionadas por vendas da indústria de transformação e energia elétrica. A União Europeia também se destacou como importante destino das exportações brasileiras, tanto em real quanto em euro.
Em 2023, o dólar manteve sua predominância nas exportações, enquanto as exportações em euro apresentaram leve queda em relação ao ano anterior. No entanto, a libra esterlina e o iene registraram aumento nas exportações em relação a 2022.
No que diz respeito às importações, as compras declaradas em moeda brasileira atingiram um valor recorde, com crescimento de 11% em relação a 2022. As importações em euro também aumentaram, enquanto as operações em dólar tiveram uma queda significativa. Destaques para as quedas nas importações em iene e yuan.
A predominância do dólar nas transações comerciais é explicada pelo estabelecimento internacional de preços de commodities nessa moeda. Já a significativa importação em real está associada às compras governamentais de medicamentos importados, onde o preço máximo é estipulado em reais.
A escolha da moeda utilizada nas transações comerciais internacionais é influenciada por diversos fatores, como a fixação de preços na mesma moeda dos concorrentes e a necessidade de hedge cambial para exportadores que dependem de insumos importados.
Apesar da predominância do dólar, desde 1997 são registradas operações em outras moedas, refletindo a escolha dos envolvidos na negociação. Esses dados são convertidos em dólar para compilação das estatísticas de comércio exterior e balança comercial brasileira.