A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, será realizada em 2025, na cidade de Belém (PA), e promete colocar o Brasil no centro das discussões globais sobre sustentabilidade, clima e desenvolvimento econômico. O evento reunirá líderes mundiais, especialistas e representantes de diversos setores - incluindo o comércio exterior e infraestrutura portuária - para debater soluções sustentáveis e metas climáticas globais.

Com a proximidade da COP30, os portos brasileiros intensificaram suas ações com foco em sustentabilidade, buscando alinhar suas operações às boas práticas ambientais exigidas globalmente. A agenda ambiental deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito para garantir competitividade no cenário logístico internacional.

O que é a COP30?

A COP (Conferência das Partes) é organizada pela ONU desde 1995 e tem como objetivo promover o debate e a adoção de medidas para conter as mudanças climáticas. A edição de número 30 será histórica por acontecer em Belém, na Amazônia - região estratégica para o equilíbrio climático global e que representa um símbolo da biodiversidade e dos desafios da preservação ambiental.

Sustentabilidade na logística portuária

O setor portuário brasileiro vem se modernizando e adotando práticas sustentáveis como forma de contribuir para a redução das emissões de carbono e para o uso mais eficiente de recursos naturais. Algumas das principais iniciativas incluem:

• Eletrificação de equipamentos nos terminais portuários, como guindastes e empilhadeiras.
• Uso de fontes de energia renovável, como solar e eólica, nas operações portuárias.
• Sistemas de gestão ambiental para monitoramento e controle da poluição do ar, solo e água.
• Adoção de tecnologias de automação e digitalização, que reduzem desperdícios e aumentam a eficiência.
• Projetos de dragagem sustentável, com menor impacto à biodiversidade marinha.
• Ações de educação ambiental e relacionamento com as comunidades locais.

Portos que já se destacam

Alguns portos brasileiros já têm se movimentado nesse sentido. O Porto de Santos, maior da América Latina, está investindo em inovação verde, com projetos de descarbonização, uso de inteligência artificial para otimizar rotas e redução de emissões, além de parcerias com startups de tecnologia limpa.

Já o Porto de Suape (PE) possui um programa de preservação ambiental voltado para a recuperação de manguezais, além de projetos de energia limpa e logística verde.

Outro exemplo é o Porto de Itaqui (MA), que também possui certificações ambientais e adota práticas de eficiência energética e gestão sustentável.

Oportunidade para a cadeia logística

A COP30 representa não apenas uma vitrine global para o Brasil, mas também uma oportunidade concreta para o setor de logística portuária e comércio exterior consolidar o compromisso com a agenda ESG (Ambiental, Social e de Governança). Portos sustentáveis têm maior acesso a investimentos internacionais, operam com mais eficiência e se alinham às exigências de empresas e países que priorizam parceiros comprometidos com o clima.

Com a realização da COP30 no Brasil, os portos nacionais ganham visibilidade e são incentivados a avançar ainda mais nas práticas de sustentabilidade. Para empresas que operam no setor de logística, importação e exportação, estar alinhado a essas diretrizes é essencial para garantir competitividade, reputação e acesso a novos mercados.