Embaixador do Kuwait em Brasília busca diversificação na pauta comercial com o Brasil
O recém-designado embaixador do Kuwait em Brasília, Talal Al-Mansour, está empenhado em ampliar e diversificar a pauta comercial entre o Kuwait e o Brasil. Em uma visita à Câmara de Comércio Árabe Brasileira na última sexta-feira (02/02), Al-Mansour destacou a importância de buscar novas oportunidades de negócios além das tradicionais exportações de petróleo do Kuwait e de alimentos do Brasil.
Em sua apresentação, Al-Mansour ressaltou a necessidade de retomar as negociações para um acordo entre o Mercosul e os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), que inclui o Kuwait, Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Catar. O diplomata enfatizou que esse acordo poderia fortalecer os laços comerciais entre as regiões e impulsionar o comércio bilateral.
Esta não é a primeira vez que Al-Mansour atua no Brasil. Entre 2002 e 2006, ele já serviu na embaixada kuwaitiana em Brasília, o que lhe confere uma perspectiva valiosa sobre as relações entre os dois países ao longo do tempo. Ele lembrou que no passado foram realizadas conversas para um acordo de livre-comércio entre o Golfo e o Mercosul, um diálogo que ele acredita ser importante retomar para promover o crescimento econômico mútuo.
Dados do Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara Árabe revelam que as trocas comerciais entre o Brasil e o Kuwait tiveram um saldo negativo em 2023. As exportações brasileiras para o Kuwait totalizaram US$ 268,1 milhões, destacando-se produtos como carne de frango, milho e carne bovina. Por outro lado, o Brasil importou do Kuwait US$ 403,4 milhões, principalmente petróleo. Isso resultou em um déficit de US$ 134,7 milhões nas trocas comerciais entre os dois países.
Diante desse cenário, Al-Mansour destaca a importância de explorar novas oportunidades de cooperação econômica e comercial entre o Kuwait e o Brasil. Ele acredita que diversificar a pauta comercial é essencial para reduzir a dependência de setores específicos e promover um comércio mais equilibrado e mutuamente benéfico entre os dois países.