Os planos de internacionalização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão em andamento, com um foco especial nos Emirados Árabes Unidos. A aproximação com os Emirados tem se consolidado nos últimos anos e resultou em uma missão técnica de entidades ligadas à agricultura brasileira ao país recentemente.

Uma das principais áreas de colaboração discutidas foi a agricultura sustentável em ambientes de clima tropical, na qual o Brasil tem uma rica experiência. Os Emirados Árabes, que importam mais de 90% dos alimentos que consomem, estão interessados em parcerias para promover a segurança alimentar em seu país. A Embrapa tem a intenção de ajudar a estruturar um sistema coordenado de pesquisa e extensão agrícola nos Emirados.

Além disso, a Embrapa e as empresas brasileiras podem fornecer tecnologia e conhecimento em áreas como zoneamento agrícola, inteligência territorial e estratégica, e cultivo sustentável de alimentos. Essa colaboração pode ajudar os Emirados Árabes a tomar decisões informadas sobre onde e como cultivar alimentos em seu território.

A Embrapa também está explorando parcerias no continente africano, onde os Emirados Árabes estão envolvidos em projetos de agricultura. A expertise brasileira pode ajudar a melhorar a produção de alimentos na África, especialmente nas regiões com climas semelhantes aos dos trópicos.

Essas parcerias estão voltadas para o setor privado brasileiro, que pode fornecer tecnologia, genética vegetal e animal, máquinas e equipamentos para ajudar os Emirados Árabes a alcançar seus objetivos de segurança alimentar e produção agrícola.

O Brasil também pretende abrir um escritório da Embrapa nos Emirados Árabes Unidos, o que fortalecerá ainda mais a cooperação bilateral. Espera-se que essa iniciativa seja realizada ainda este ano.

As parcerias entre a Embrapa e os Emirados Árabes Unidos são uma oportunidade emocionante para compartilhar conhecimentos e tecnologias e melhorar a produção de alimentos sustentáveis nos Emirados Árabes e além. Essas colaborações têm o potencial de impactar positivamente a segurança alimentar, a economia e o desenvolvimento agrícola no país e em toda a região.