Habilitação de frigoríficas brasileiras pode impulsionar aumento da exportação de carne para China
No último ano, as exportações de carne bovina do Brasil para a China totalizaram US$ 5,7 bilhões, mesmo com uma queda de 28% em comparação com 2022. A proteína animal foi o quarto item da pauta exportadora brasileira para o mercado chinês, ficando atrás apenas da soja, petróleo e minério de ferro. No entanto, em 2024, esse cenário de baixa nas vendas pode ser revertido.
Uma das razões para essa mudança é a decisão tomada em Pequim pela Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) de habilitar mais 38 plantas frigoríficas brasileiras para vender carne bovina, além de frangos e suínos ao país asiático. Essa decisão tem um significado importante, ocorrendo no ano em que o Brasil celebra o cinquentenário de relações diplomáticas com a China. Foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos, sendo um de bovino, três de frango e um de suíno.
Parte dos estabelecimentos foi auditada remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado. A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, e em 2023 importou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões.
O cenário que se desenha é que a China receberá carnes de qualidade com preços competitivos, enquanto o Brasil garantirá geração de emprego, oportunidade e crescimento da economia.