Preços do diesel batem recorde no Brasil em dezembro
Na primeira quinzena de dezembro, o diesel comum e o S-10 alcançaram os maiores preços médios do ano no Brasil, de acordo com a mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O diesel comum registrou um aumento de 0,65%, alcançando o preço médio de R$ 6,19, enquanto o diesel S-10 apresentou alta de 0,97%, chegando à média de R$ 6,27.
Destaques regionais
Entre as regiões brasileiras, o Nordeste liderou os aumentos no período, com o diesel comum subindo 1,94%, alcançando o valor de R$ 6,32, enquanto o S-10 apresentou incremento de 1,28%, também atingindo R$ 6,32.
No entanto, foi na região Norte que se registraram os maiores preços médios do país. O diesel comum chegou a R$ 6,78, enquanto o S-10 alcançou R$ 6,66. Por outro lado, o Sul manteve as menores médias, com o diesel comum a R$ 6 e o S-10 a R$ 6,09, refletindo uma menor pressão nos preços da região.
Preços por estados
No cenário estadual, o Acre destacou-se com as maiores médias para os dois tipos de diesel. O diesel comum alcançou R$ 7,61, e o diesel S-10 chegou a R$ 7,58, ambos com uma alta de 0,13%.
Em contraste, Santa Catarina registrou o menor preço do diesel comum, de R$ 5,96, mesmo após uma leve redução de -0,17%. Já o maior aumento percentual do período foi identificado no Ceará, onde o diesel comum subiu 2,81%, atingindo R$ 6,59. O Amazonas apresentou a maior redução no mesmo segmento, de -2,68%, com a média caindo para R$ 6,53.
Quanto ao diesel S-10, o menor preço foi encontrado no Paraná, com média de R$ 6,08, apesar de uma alta de 1,33%. O maior aumento percentual ocorreu em Sergipe, onde o preço subiu 2,62%, alcançando R$ 6,26. Por outro lado, o Amapá teve a maior redução no S-10, de -0,27%, levando o preço médio para R$ 7,46.
Tendências e impactos
Os sucessivos aumentos no preço do diesel refletem não apenas a dinâmica do mercado interno, mas também fatores externos, como a flutuação dos preços internacionais do petróleo e as questões cambiais. A alta dos combustíveis impacta diretamente os custos logísticos no Brasil, afetando setores que dependem do transporte rodoviário para movimentação de cargas e mercadorias.
Além disso, a disparidade nos preços entre estados e regiões evidencia a importância de políticas públicas voltadas à redução de custos operacionais e ao aprimoramento da infraestrutura logística nacional.
Especialistas projetam que, caso a alta dos combustíveis persista em 2025, o impacto poderá ser ainda mais significativo, atingindo desde o transporte de bens de consumo até os custos das operações no agronegócio e na indústria.