Importações brasileiras de pistache triplicam nos últimos dois anos
O consumo de pistache no Brasil está em plena ascensão. Dados recentes indicam que as importações brasileiras dessa iguaria triplicaram nos últimos dois anos, impulsionadas por uma combinação de fatores, como o aumento da demanda por alimentos saudáveis, mudanças nos hábitos de consumo e a maior oferta do produto por fornecedores internacionais.
Demanda crescente por alimentos saudáveis
O pistache, conhecido por seus benefícios à saúde, como alto teor de proteínas, gorduras boas e antioxidantes, tem conquistado espaço na dieta dos brasileiros. Com o aumento do interesse por uma alimentação mais equilibrada e rica em nutrientes, o consumo de nozes e castanhas, incluindo o pistache, registrou um salto significativo. Além disso, o produto tem sido amplamente incorporado em receitas e produtos industrializados, como sorvetes, doces e pastas gourmet, o que também impulsionou sua popularidade.
Os Estados Unidos e o Irã continuam sendo os principais exportadores de pistache para o Brasil, respondendo pela maior parte do volume importado. Em particular, o estado da Califórnia, nos EUA, é um dos maiores produtores globais e tem se consolidado como um parceiro estratégico para atender à demanda brasileira. O Irã, por sua vez, mantém sua posição como um dos grandes fornecedores devido à alta qualidade e sabor diferenciado do pistache iraniano.
Dados de importação
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior, o volume de pistache importado pelo Brasil passou de 1,2 mil toneladas em 2022 para mais de 3,6 mil toneladas em 2024, um aumento de 200% no período. Em valores, as importações também cresceram substancialmente, ultrapassando a marca de US$ 45 milhões no último ano.
Esse crescimento reflete não apenas o aumento do consumo interno, mas também uma maior diversificação dos canais de distribuição, incluindo supermercados, lojas especializadas em produtos saudáveis e plataformas de e-commerce, que facilitam o acesso ao produto em todo o território nacional.
Apesar do crescimento, o mercado de pistache no Brasil ainda enfrenta desafios. O preço elevado do produto, em parte devido à sua produção limitada em regiões específicas do mundo, continua sendo uma barreira para o consumo em larga escala. Além disso, a oscilação do câmbio afeta diretamente o custo das importações, especialmente em momentos de alta do dólar.
No entanto, especialistas acreditam que, com a expansão da demanda e a maior inserção do pistache no mercado nacional, os preços poderão se tornar mais competitivos ao longo do tempo, favorecendo a acessibilidade do produto para um público mais amplo.
Perspectivas para o futuro
Com o aumento da conscientização sobre os benefícios do pistache e o fortalecimento das parcerias comerciais internacionais, as importações brasileiras devem continuar em alta nos próximos anos. A tendência é que o mercado interno se consolide, com maior diversidade de opções e formatos de comercialização, como pacotes prontos para consumo, produtos a granel e versões orgânicas.
Além disso, empresas do setor alimentício estão apostando cada vez mais no uso do pistache como ingrediente em seus produtos, o que deve impulsionar ainda mais a demanda por esse fruto seco no Brasil.
O pistache, que antes era visto como um produto de nicho, agora caminha para se tornar parte da rotina alimentar dos brasileiros, marcando presença tanto em ocasiões especiais quanto no dia a dia.